
Muitos trabalhadores enfrentam dificuldades para acessar
crédito com juros justos — o Ministério do Trabalho avalia medidas contra
abusos.
O que é o Crédito do
Trabalhador?
O Crédito do Trabalhador é uma linha de empréstimo consignado
destinada a trabalhadores com carteira assinada (CLT), com desconto automático
diretamente na folha. Esse novo formato foi criado para ampliar o acesso ao
crédito sem a exigência de convênios com empregadores, com simulações e
contratação disponíveis via Carteira de Trabalho Digital, bancos e fintechs.
Muitos trabalhadores enfrentam dificuldades para acessar
crédito com juros justos — o Ministério do Trabalho avalia medidas contra
abusos.
Por que o Ministério do Trabalho está de olho?
- Juros elevados – A média de 2,8% a 5,97% ao mês supera a faixa esperada para empréstimos consignados privados.
- Monitoração dos bancos – O ministro Luiz Marinho afirmou que o órgão acompanha os juros e pode notificar ou mesmo retirar instituições do programa.
- Quebra de margem – Instituições que ultrapassarem os 35% de comprometimento de renda já receberam notificações preliminares.
Quais bancos correm riscos?
Até junho de 2025, 66 instituiçõesestavam habilitadas para ofertar esse crédito. Porém, aquelas cujas taxas ultrapassarem o “padrão de mercado” podem ser descredenciadas.
A pasta ainda não definiu o que
considera “abusivo”, mas já iniciou notificações.
Como isso afeta você?
- Proteção
ao trabalhador: A possível exclusão de bancos com
juros altos visa controlar o endividamento e garantir taxas mais justas.
- Concorrência saudável: A expectativa é que a competição entre instituições promova diminuição das taxas.
- Importância da pesquisa: O próprio ministro reforça que o trabalhador aguarde 24 horas para receber e comparar ofertas.
Vantagens e riscos do Crédito do Trabalhador
✅ Vantagens
- Juros mais baixos que em empréstimos pessoais, cartão rotativo ou cheque especial.
- Desconto automático em folha, sem burocracia com empregador ou convênio.
- Possibilidade de portabilidade, a partir de junho de 2025, para migração a bancos com melhores condições.
⚠️ Riscos
- Juros entre 2,8% e até 5,97% ao mês, com possibilidade de comprometer orçamento.
- Uso do FGTS como garantia pode comprometer rescisão em caso de demissão.
- Se
a garantia do FGTS não for liberada, o trabalhador continua responsável
pelo saldo devedor, mesmo demitido.
O que temos pela frente?
- Portabilidade ativa: desde 6 de junho de 2025, é possível migrar dívidas para outras instituições, buscando juros menores.
- Possível teto de juros: ainda em debate, com resistência dos bancos, mas pode surgir se abusos persistirem.
- Maior
competição: a entrada de novos bancos e
fintechs pode empurrar as taxas para baixo, beneficiando o consumidor.
O Crédito do Trabalhador
representa avanço importante no acesso ao crédito para a classe CLT, com
desconto em folha e simulação online. No entanto, os altos juros
cobrados por alguns bancos motivaram ação do Ministério do Trabalho, que alerta
e pode excluir instituições que tragam prejuízo ao trabalhador. A orientação é
clara: pesquise, compare e só contrate se realmente for necessário.
